sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Roda-Gigante



Roda-Gigante

Ela chegou como sempre fazia... Toda noite me cobria para eu não pegar novamente um resfriado. Afinal, não se pode brincar com a saúde. Eita, menina da saúde frágil! Mas, foi criada como se tivesse tudo, mesmo tendo tão pouco... O que importa?

O amor e o conselho para a vida foram dados! E, assim, nesse mundo que roda e roda e roda vamos vivendo como roda-gigante, como guerreiros que caem, mas sempre se levantam. Tem aprendizado mais sábio do que essa fé teimosa de sempre olhar para o horizonte? Com efeito, não tem.

Amor de mãe é assim. Sofrido e valorizado depois de vários anos...Parece que cometemos sempre o mesmo erro: descobrir o valor um pouco tarde nos ponteiros desse relógio que não para.

A criança não entende muita coisa mesmo. Cada um tem o super-herói que quer ter. A minha tinha uma pele morena e os lábios púrpura. Assim que eu a via. Como era grande! Nossa, ela vai conquistar o mundo! Nada vai dar errado pra mim...porque ela me protege! Quando eu seguro na sua mão não consigo sentir medo de nada. Tudo é magnífico! Ela é a pessoa mais maravilhosa dessa família! Irmã mais velha é assim. Briga muito, mas ganha o destaque de ser a fonte de inspiração dos iniciantes dessa roda-gigante que parece caminhar numa montanha-russa.

E quem disse que a inocência acaba nos tenros anos? Nada disso. É só o começo. Quando se pensa que se sabe muito, pouco se sabe ao certo. A adolescência não é nada perto da fase adulta. Quanto mais primaveras se passam, mais conseguimos ser bebês no que pertine ao "saber viver". Melhores amigas ou amigos, mãe, namorado, marido, novos melhores amigos ou amigas, mãe, psicólogos, psiquiatras, livros, novos caminhos ...Quanta coisa procuramos para entender melhor esse parque de diversões e riscos que se chama "viver".

Da tragédia à comédia...da comédia à tragédia...de muito a pouco...de pouco a muito...de risos a lágrimas...de lágrimas a risos...Quem entende? Por favor, me explique! Será uma nova síndrome?  E isso pega? Eu não sei de nada...eu acho...Ah! Descobri!  É que eu não sei explicar, apenas sinto...

Os anos passam e novos protagonistas, coadjuvantes, guerreiros, heróis e heroínas entram em cena.

De repente, ele chegou. Era para ser eterno e não foi. Ou melhor, eternizou-se como pôde. Lugar de destaque logo passou a ocupar. Ninguém seria como ele. Ninguém foi como ele. Confidente, amigo, pai, tudo...Mesmo errando...é tão especial que só fica a parte boa. É só essa que importa. Talvez, TUDO seja a sua palavra mesmo. O que Deus coloca em seu coração nem você consegue tirar. Esse herói não passa nunca. Sempre será vencedor! Sempre será o seu herói. Amor do tamanho do céu.

E assim a vida te ensina a amar.  Tudo e quem Deus coloca em seu caminho. Você ama pessoas, ideias, cachorrinhos...Ama e cuida como filhos e não está nem aí para a opinião alheia. Se você ama como o céu é porque você subiu na escalada da vida e conheceu o ápice do sentimento mais nobre e divino que existe.

Caminhando ainda mais, você aprende que amar não é só amar, mas deixar-se ser amado. Acha estranho alguém também te amar tão forte como o Sol brilha... Como pode? Eu não sei...só sei que estou vivendo. E se for para ser assim, que assim seja. Como disse o poeta, que seja eterno enquanto dure!

É acertando e errando que se vai vivendo. Um dia de cada vez...

E assim começa mais uma história...


Karoline Brasil

sobreavidaempalavras.blogspot.com.br






domingo, 6 de dezembro de 2015

Deus sabe o bem e sabe o mal...


Parafraseando uma história a mim contada...acredito ser verdadeira!

Deus sabe o bem e sabe o mal...

Em certo vilarejo, no norte de uma terra esquecida no Oriente, havia um velhinho que morava com seu filho, um jovem muito bonito e também temente a Deus.

Para qualquer pessoa que se achegava ao ancião, este falava: Deus sabe o bem e sabe o mal!

Para boas-novas e também para tristes acontecimentos, a frase era a mesma para quem viesse conversar.

Muitos vizinhos não gostavam da sentença do velhinho e zombavam dele. Porém, percebiam que ele era uma pessoa alegre e pacífica. Sua vida era pacata e feliz. Ele dava graças a Deus em tudo e adorava repetir a todos e a si próprio: Deus sabe o bem e sabe o mal!

Ocorre que num dia chuvoso e sombrio, seu único filho sofreu um terrível acidente. O rapaz caiu do cavalo e quebrou as duas pernas. O sábio velhinho ficou muito triste. Ele e o filho choraram juntos.

Alguns vizinhos, sabendo do infortúnio, resolveram ir ter com o ancião, a fim de interpelá-lo sobre o dogma sempre repetido...de que Deus sabia tudo. Na verdade, sem qualquer misericórdia, esperavam vê-lo irritado com o Criador.

Para a surpresa de todos, o velhinho, com lágrimas nos olhos, disse: Deus sabe o bem e sabe o mal!

Revoltaram-se com o velho homem.

- Seu louco! Disseram os vizinhos.
- Não vê que seu filho está com as duas pernas quebradas?!

Poucos dias se passaram... e o Rei daquela região resolveu baixar um Decreto convocando todos os súditos jovens de boa saúde para uma guerra travada com um reino próximo. E foi uma batalha de onde quase nenhum homem retornou.

Dispensados de tão horrível mister: um homem avançado em dias e seu único filho doente! O velhinho sábio agradeceu a Deus pelo bem e também pelo mal...Obrigado, meu Deus! - Disse ele olhando para seu único filho.

Karoline Brasil


Obs: Essa história me foi contada por um amigo. Não sei sua origem. Resolvi parafraseá-la porque é muito interessante. Espero que gostem! Não é de minha autoria a história original e também não sei quem é seu autor. Que Deus os abençoe!


quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Amor...

Meu amor...

Não tenho dúvidas que você é a pessoa mais especial da minha vida.

O que sinto por você não sentirei por mais ninguém. Você é a pessoa que me coloca na luta diária desse desce-sobe e sobe-desce que se chama vida.

Não parece fácil. Eu te amo mesmo quando acho que não te amo. Às vezes, quero esquecer desta sua vida sem graça, mas logo percebo a graça que está em te ver bem novamente. Daí, percebo que a graça da vida está na graça diária de crer em dias melhores.

Como você é uma pessoa linda! É isso que te falo quando melhoro meu humor. Vivemos nesse carrossel de sentimentos antagônicos, mas, no fundo, somos seres inseparáveis, dois em um!

Muitas vezes, acho que você vai mudar o mundo e vai conseguir transmitir às pessoas o que quiser. Nossa, como você é especial! Outras vezes, você é apenas um grão de areia...uma poeirinha simples no Universo. Será que Deus te vê assim ? Ou será que o Criador enxerga mesmo seu coração como nunca ninguém viu?

Falando de coração, posso dizer que eu sou a pessoa que melhor conheço o seu. Eu sei que às vezes você quer parecer forte, mas forte mesmo é a sua vontade de querer ser forte. Na verdade, você é só um ser juvenil brincando de ser adulta. Pouco madura na idade e muito madura nessa sua vontade de querer sempre ter o brilho da simplicidade de uma criança.

Por que você em tantos momentos diz que não me quer mais? É pirraça sua! Desistir não é opção. Enquanto existir o sopro da vida, estaremos juntos nessa caminhada em direção a algo fantástico. Ora, não nascemos para um nada. Somos uma areia boa, estamos compondo o Universo, nosso tamanho não nos torna merecedores de um lugar periférico pouco significativo. Podemos mais!

Seu olhar tem diversas nuances! Você o coloca cores não conhecidas e, em alguns momentos, insiste num cinza que não combina absolutamente com o seu arco-íris! Não faça isso! Mostre sempre suas cores e não esqueça de que os meus olhos sempre estarão fixos em sua direção.

Dê-me valor. Dê-me calor. Dê-me sempre um segundo...minutos...horas de seu dia.

Sou apenas o seu espelho mostrando a você que amar o próximo é a consequência de amar a si mesmo.

Eu, Eu te amo!


De Karol para Karol


Karoline Brasil




sábado, 28 de novembro de 2015

Perdão de Severino

Perdoa-nos como perdoamos...

Em um prado distante...no interior do Rio Grande do Norte...pertinho de Mossoró, em uma terra de nome esquecido, as águas de pia batizaram mais um Severino.

Vou contar essa história por demais verdadeira.

Ao sair da clínica de sérios exames, adentrei num táxi cujo simpático motorista, de sotaque nordestino, iniciou a contar as impressionantes peripécias de sua vida retirante.

Aos três anos de idade, Severino tornou-se órfão de pai. Sua mãe, que herdou grande propriedade de terra, com grande variedade de bovinos e caprinos, casou-se novamente.

Não demorou muito para o padrasto tornar-se senhor de tudo e querer matar o filho do finado.

Assim, para não sujar suas mãos em legítima defesa de sua vida, Severino vai para as Minas Gerais tentar a sorte, aos 16 anos, como "tirador" de leite de vaca na fazenda de um senhorio...sem horário certo para dormir...vivendo por um teto.

Tem mais...

Ainda triste com suas lembranças - a concordância de sua mãe com seu destino e a longa viagem de 16 dias de "pau de arara", Severino decide tentar a sorte no Distrito Federal.

Aqui...trabalhou de tudo! Foi ajudante de pedreiro, de eletricista e eletricista...

Carregava consigo uma mala com todo o dinheiro que ganhara com seu árduo trabalho. Mas, o inesperado aconteceu!

Um insensível larápio furtou sua mala com o dinheiro e documentos...

Ao se apresentar ao Exército sem a carteira de reservista...em plena ditadura militar...foi escolhido! Daí, além do banco, conheceu o trabalho de soldado e a patente maior de cabo.

Quando surge uma oportunidade de melhorar no Exército, para trabalhar no Palácio da Alvorada, a convite de um superior, seu superior imediato disse que ele era um homenzinho atrevido e que só tinha direito a pedir baixa do Exército ou ser preso! A vaidade do superior imediato foi outra pedra na vida de Severino.

Melhor do que ser preso em plena ditadura...pediu baixa...tornou-se taxista, casou-se, teve três filhos...ajudou a mãe, que perdeu tudo e foi expulsa de casa pelo marido. Cuidou dela até sua morte e ajudou a criar as três filhas que ela teve do padrasto.

Hoje, sente orgulho em dizer que formou os três filhos que teve em Brasília e que todos estão caminhando na vida!

Os cabelos brancos de Severino e seu sorriso demonstram coragem e misericórdia. Com certeza, é uma história de superação e perdão!

Meu respeito a todos os cadangos Severinos, retirantes batizados de pia, retirantes desde tenra idade e conhecedores da vida! Sabedoria que Deus dá! Não se aprende em livros!

Karoline Brasil

sobreavidaempalavras.blogspot.com.br 







quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Família


Família...

Alguém já se perguntou se existe algum sentido divino para nascermos ou crescermos nesta ou naquela família?

Eu, realmente, não sei os desígnios de Deus...Mas, como Ele controla o Universo e tudo o mais que o ser humano não é ainda capaz de descobrir, penso que deve, sim, existir um sentido...

Por que Deus me deu aqueles irmãos, pai e mãe, primos e todos os outros?

O fato é que temos um elo. Temos um acontecimento que nos une. Tornamo-nos parentes e, na visão divina do amor, acredito que deveríamos nos amar. Se devemos amar os estranhos a nós, o que poderíamos dizer daqueles que nasceram e/ou cresceram em nosso convívio?

Todavia, sabemos que nem sempre é assim...

Estamos vivendo tempos de intolerância. Não somos tolerantes com os erros dos outros. Não somos tolerantes com as limitações dos outros.

As pessoas mais próximas são aquelas que, muitas vezes, sofrem de perto as consequências de nosso egoísmo. Não temos tempo. O tempo parece escasso para os nossos. Não há tempo para falarmos ao telefone, ligarmos para o irmão, conversarmos com nossos pais... Somos seres envoltos em nós mesmos. Estamos longe de um ideal divino de amor. O amor que cuida, que se doa, que pensa no próximo, que deseja ficar próximo...

Afinal, o que estamos fazendo daquilo que a vida nos tornou? Culpamos nossos pais...irmãos...os estranhos...a nós mesmos... Somos incapazes de nos perdoar... Como perdoar o outro?

E feliz ainda é aquele que consegue ter essas elucubrações...

Infelizmente, existem muitas pessoas no mundo que vivem por viver. Perderam o brilho da vida, os sonhos, o sentido...

O problema de tudo isso é que o tempo é certo. A incerteza do tempo é uma criação humana. Apenas Deus é atemporal. O tempo não perdoa. Se ele cura tudo como dizem eu não sei. O que eu sei é que o tempo não pára. O tempo é uma constância impiedosa que precisa ser respeitada. As pessoas morrem. Aqueles que te deram amor ou não vão morrer um dia. Você vai morrer.

O que você fez para aproveitar o tempo? Um dia nenhum desentendimento vai importar. O que vai realmente importar é o valor que você deu ao que realmente tem valor. Ou melhor: se você deu valor a quem você deveria dar valor. Não importa se essa pessoa te deu o amor que você merecia. O que você fez com o seu tempo?

Falou rapidamente ao telefone? Estava com pressa? É chato repetir a conversa novamente? Ela – ou Ele – é chata?

Um dia, alguém pode te surpreender. Um dia a vida vai te surpreender.

Nisso tudo eu só entendo uma coisa: família é quem importa. Se não gosta, mas importa, é família também. Mas, se você ama, como faz falta quando chega ao fim! Da memória, não sai. Os olhos procuram retornar ao passado para procurar o tempo que se esvaiu. As lágrimas caem. O coração aperta. E o sentido da vida aparece. Às vezes, tarde demais.

 Karoline Brasil

Boas-vindas!



Sobre a vida em palavras...

Sejam bem-vindos!

Na vida, somos todos professores e alunos em nossa trajetória.

Que minhas palavras sirvam de incentivo para você e para mim!






Deixo registrado que os vídeos inseridos neste blog não são por mim elaborados, mas extraídos do YouTube (postados por outras pessoas, o que os tornam públicos).